quinta-feira, setembro 23, 2010

Irmãos do KLB rejeitam ser incluídos em “balaio de gato” de candidatos famosos

Dois dos três irmãos do grupo musical tentam uma vaga no Legislativo
Marina Novaes, do R7
Leandro (à esq.) e Kiko (à dir.) ao lado de Alckmin
e Quércia: em busca dos votos das famílias

No ano em que completam dez anos de carreira, dois dos três irmãos do grupo musical KLB estreiam na política tentando repetir no Legislativo a dobradinha dos palcos. Kiko, o mais velho do trio, com 31 anos, tenta uma vaga como deputado federal, enquanto Leandro busca ser eleito deputado estadual em São Paulo, ambos pelo DEM.

Juntos, os irmãos calculam gastar até R$ 8 milhões para se eleger, segundo estimativa entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no início da campanha. Para tanto, eles também têm procurado casar suas agendas de campanha com as dos candidatos do PSDB ao governo paulista e à Presidência, respectivamente, Geraldo Alckmin e José Serra, a quem já apoiaram em eleições passadas.

Apesar de se enquadrarem na ala dos “puxadores de voto”, a dupla rejeita ser incluída no que chama de “balaio de gato” das celebridades que disputam uma vaga nestas eleições. Em entrevista ao R7, Kiko e Leandro contaram que decidiram se engajar na política após convite do senador Magno Malta (PR-ES) para participar de palestras e shows contra a pedofilia, e lamentaram o fato de algumas celebridades fazerem “piada” com o tema, como disse o candidato à Câmara Federal.

- Fico muito chateado de ver como muita gente trata isso como piada, como tem muito artista aventureiro que só vai acabar fazendo o que meia dúzia de políticos já fez. Acho que chega o momento em que é preciso separar a palhaçada da coisa séria.

Leandro, de 29 anos, também demonstra incômodo em ser incluído em uma “vala comum” de candidatos-celebridade. Segundo os irmãos, muitos ignoram “a luta” encarada pela dupla há aproximadamente três anos, mas a campanha nas ruas tem ajudado a reverter o preconceito de alguns eleitores.

- Em um primeiro impacto as pessoas colocam todos em uma vala comum. Mas nós temos encarado essa luta [contra a pedofilia] há muitos anos. As pessoas já sabem qual é a nossa posição, mas só o tempo vai mostrar isso.

Ao contrário do que podem pensar alguns eleitores, Kiko também nega que a dupla tenha decidido se candidatar devido a eventuais problemas na carreira do grupo, que assegura continuar em alta.

- São dez anos de carreira estabilizada, minha vida estabelecida, estável e feliz. Há anos eu estou na guerra, nessa luta. [...] Agora, há uma discriminação com a classe artística. Existe esse preconceito, e isso é fato.

Candidatos “família”

Tanto Kiko quanto Leandro dizem que é possível manter a carreira musical mesmo em caso de vitória, e afirmam que a música pode ajudá-los a divulgar a “bandeira” levantada pela dupla.

Para garantir a “tranquilidade dos fãs”, entretanto, o terceiro integrante do trio, o músico Bruno, não se aventurou pela vida política. De acordo com Kiko, será o irmão mais novo quem deverá ajudá-los a conciliar a agenda política com a rotina artística.

- Alguém tinha que cuidar da carreira, né? [risos]

Além de esperarem contar com os votos dos fãs, a dupla também espera contar com o apoio das famílias que, segundo eles, se identificam com a postura dos irmãos. Eles, porém, se dizem preparados para o caso de uma derrota, diz Leandro.

- A nossa luta continua independente do resultado. [...] O mais importante é colocar a cabeça no travesseiro e estar tranquilo.

Fonte: Portal R7

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