História de fã: Nossa, como você cresceu, hein?

Me lembro como se fosse ontem o Gugu anunciando "e com vocês, no palco do Domingo Legal: KLB". Como aconteceu com muitas, foi amor a 1° vista. Porém, eu tinha apenas 7 anos, então não tinha a mínima idéia de como era ser fã. Pra mim, a maior alegria era estar mudando de canal e me deparar com os meninos em algum programa (coisa que acontecia com muita facilidade).

O tempo foi passando e o sentimento que eu sentia só ia aumentando. Quando eu estava na 4° série (2002) , um rapaz foi na minha escola vender alguns posters e dentre eles, estava um do KLB. Depois desse dia, comecei a minha coleção e comecei a comprar tudo que via, tudo mesmo. Com o tempo fui ficando mais "íntima" com esse mundo de ser fã, me cadastrei na C.F.C., entrei em um fã clube e o fanatismo só aumentava, até que um dia, finalmente eu sai a procura deles. Aí eu já tinha meus 12 anos. A 1° vez foi no aniversário da rádio Nativa, porém foi frustrante. Passei horas numa fila quilomêtrica, pra quando chegou minha vez de subir, os meninos estavam indo embora. Chorei muito, principalmente porque o Leandro tinha passado por nós sem nem nos olhar, enquanto o Kiko e o Bruno passaram dando a mão. Mesmo assim, fiquei muito feliz porque ali eu tive a certeza de que eles realmente existiam e que eu não podia desistir.

No mesmo mês, tive a noticia de que eu ganhei uma promoção para participar da gravação do programa "Clube do Fã" da Band. Foi um dia mais que perfeito pra mim. Era um sonho poder ficar cara a cara com meus ídolos. Daí em diante eu comecei a ir atrás de verdade, mas algo me impedia de realmente ir atrás: a minha idade. Eu tinha 13 anos, e a censura da maioria dos locais (shows, programas...) era 14. A única coisa que me restava eram as promoções. Participava de tudo, mas era sempre as mesmas meninas que ganhavam. Isso me revoltava muito, ficava muito triste, cheguei até ser internada com gastrite nervosa. Eu ligava na Central e ficava "chorando" no ouvido do Will, ele até me apelidou como "de menor".

No dia 21/12/05 eu recebi uma ligação do Will dizendo que eu havia ganhado uma promoção onde eu teria que no dia seguinte ir na Central. Pra que? Conhecer os meninos! Foi como uma injeção de adrenalina em mim. Não sabia se chorava, de gritava, se pulava, saia contando... Só sabia que eu tinha que agilizar tudo: roupa, cd, maquina, pilha, caneta pra autografo... Foi tudo muito rápido.

No dia seguinte, não me aguentava de ansiedade. Cheguei lá ninguém sabia como seria, nem mesmo o Will, só sabia que quando eles chegassem, ele organizaria tudo direitinho. Estávamos lá todos sentados na Central, quando de repente eles entraram. Eu simplesmente congelei e não sabia se morria ou se continuava viva pra viver aquele sonho. Foi tudo simplesmente perfeito, melhor do que eu tinha planejado durante os meus 5 anos de espera.

Dali pra frente, nada mais me empedia de viver o meu sonho. Comecei a ir em programas, ganhei algumas promoções como o aniversário do Kiko e do Bruno (que até hoje foi o melhor encontro), shows, portas, aeroporto... Tudo foi acontecendo com o tempo, mas sempre por causa daquela sede de quero mais. Pra mim, ser mais uma fã não bastava, sabia que quanto mais eu fosse atrás, mais chances do reconhecimento eu teria. Até que eu tive essa certeza depois de uma brincadeira do Leandro. Uma vez fui no show de Barueri e entrei no camarim. O Le falou assim "nossa, você cresceu ein". Até ai dei risada e ainda disse que ele nem lembrava de mim. 7 meses depois fui na porta da TV gazeta e eles estavam de van. Foi quando o Le virou e disse "viu só como você cresceu, já tá até alcançando a van". Aquela sim foi a prova que eu precisava. Ali eu descobri que meu objetivo foi alcançado!

Tudo que eu passei nesses 5 anos de correria não foi fácil, mas posso dizer que valeu muito a pena e farei tudo que for preciso novamente. Sempre que Deus me der a oportunidade, estarei lá dando uma de tiete, huahua. Só quem é fã sabe que não é facil passar horas em porta de emissoras, a espera de um show, horas dentro de um estúdio na gravação de um programa, correr riscos, brigar com pessoas que não respeitam seus sentimentos de fã. Muitas vezes eu ouvi "sai disso que KLB não vai te dar futuro." Dar eles não darão mesmo, mas posso dizer que eles me ajudaram a pensar no futuro. Por causa dessas idas a rádios e programas de TV, me apaixonei por esse meio e hoje sou estudante de Radio e TV. SIM, meu futuro foi escolhido por causa deles. Sem contar que por meio deles conheci pessoas que fazem parte da minha vida. Muitas amizades foram conquistadas graças a esse amor. Minha melhor amiga eu conheci através deles (te amo pamonha).

Muitas coisas já passei ao lado deles. Já fui chamada de biscate, de loira burra, já paguei micos com/e por eles, já ganhei selinho do Kiko, baquetas, camiseta e outras cositas mais, já encontrei o Kiko na balada, fiz campanha lado a lado... Já muitas coisas aconteceram, mas sei que muitas ainda irão acontecer. E tenho o maior orgulho de dizer que tenho ídolos que se chamam Kiko, Leandro e Bruno.

por Laís Barison (@LalaBarison)